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Unemat participa de evento de lançamento de projeto de mobilização das comunidades indígenas e ribeirinhas
O projeto,patrocinado pela Petrobrás, conta com a parceria da Unemat
Unemat participa de evento de lançamento de projeto de mobilização das comunidades indígenas e ribeirinhas
28/04/2005 12:03:06
por Coordenadoria de Comunicação Social
Entidades parceiras no projeto foram apresentadas durante o evento
Entidades parceiras no projeto foram apresentadas durante o evento

A pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade do Estado de Mato Grosso(Unemat), Solange Ikeda Castrillon, juntamente com professores e a assistente administrativa da Proec, participaram em Barra do Garças, município mato-grossense que faz fronteira com o Estado de Goiás, da cerimônia de lançamento do projeto de Mobilização das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas - gestão da Bacia do Rio das Mortes em Mato Grosso.

A solenidade realizada na última sexta-feira (22/04) contou com a participação de representantes de organismos governamentais e não governamentais,comunidades xavantes além da presença do presidente da Fundação Nacional de Saúde, Funasa, Alexandre Rocha Santos Padilha.

Em falas que ressaltaram a importância da iniciativa do projeto para fomentação de propostas, bem como a socialização de experiências que vão auxiliar a participação das comunidades indígenas e tradicionais no comitê de bacia do Rio das Mortes, parceiros e colaboradores foram apresentados ao público presente.

O índio xavante Hipãridi Top’tiro, presidente da Associação Xavante Warã, entidade realizadora do evento e proponente do projeto, ressaltou a importância desse ato para o inicio de um processo que se dará em beneficio de um bem comum tanto para as sociedades indígenas, tradicionais,sertanejos e pequenos agricultores, quanto para toda a população que convive com o cerrado.”Nós não somos ambientalistas, nem conservacionistas, somos dependentes do cerrado”,afirmou Hipãridi em seu discurso versado nas línguas xavante e portuguesa.

De acordo com índio xavante, este projeto tem como perspectiva a minimização das diferenças e a busca da união em torno do bem comum que é o Rio das Mortes.

Para presidente da Funasa, o projeto que é fruto de união interministerial( Minas e Energia,Educação, Saúde e Justiça), e que tem como metodologia a pesquisa participativa, busca unificar ribeirinhos e indígenas na mesma luta pelo desenvolvimento sustentável para o rio das Mortes.

Falando em nome da Unemat, Solange Ikeda ressaltou a satisfação com que a Universidade aceitou ser parceira neste projeto que tem como proposta principal a defesa dos recursos hídricos.Enfocando os trabalhos da Unemat nessa área a pró-reitora falou em prol da conservação desse importante elemento responsável pela sobrevivência.

Danças ritualísticas da comunidade xavante e musicais fizeram parte da programação do evento.Também estiveram presentes no lançamento do projeto os docentes da Unemat Alexandre Régio da Silva e Flavio Almeida

O Projeto

Tendo como objetivo principal à busca da articulação entre comunidades indígenas, tradicionais e demais segmentos sociais que tem como característica em comum a utilização dos recursos hídricos do Rio das Mortes, um dos principais afluentes do Araguaia, o projeto Mobilização das Comunidades Indígenas e Ribeirinha para gestão da bacia do Rio das Mortes será executado no período de um ano e meio.

O projeto que conta com o patrocínio da Petrobrás será realizado em formato de oficinas e seminários. Estas atividades irão possibilitar os participantes o contato com instrumentos que vão auxiliar na execução de estratégias que visam o gerenciamento dos recursos hídricos.Também está entre as intenções do projeto a busca, por parte da Associação Warã, da realização de um diagnóstico etnoambiental da terra indígena São Marco e do potencial ambiental de toda região do Rio da Morte. “As atividades enfocarão conhecimentos que abordarão desde legislações ambientais, indígenas, hídricas como também desdobramentos que envolvem experiências de comitês gestores de bacias e vivencias que envolvam ações realizadas pelas comunidades indígenas no controle dos recursos naturais de suas terras”, explicou o professor da Universidade de São Paulo(USP) Ariovaldo Umbelino,integrante da equipe coordenadora do projeto e responsável pela estrutura da pesquisa e atividades do diagnóstico da terra indígena, que considerou a aliança entre povos indígenas e assentados da reforma agrária como um dos objetivos mais nobres do projeto.

”São laços que vão se estabelecendo e que poderão gerar condições de participação política na definição de políticas públicas de forma mais participativa e massiva”, complementou.

No projeto as universidades, entre elas a Unemat, serão responsáveis por atividades diferenciadas. “A Unemat é a nossa contrapartida. É a nossa parceira central. Sendo assim ela deve indicar o conjunto de docentes que estão inclusos em seu quadro e que poderiam ministrar essas atividades”, declarou. Ariovaldo

Também estão entre os parceiros do projeto a USP, Fundação Nacional do Índio, Funai, e Olhar Etnográfico-Instituto de Pesquisa e Documentação Etnográfica.

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